Corrida/Desfile do Entrudo – “Olha o home, lá vai o home” . Bracarenses e demais foliões desafiados a participar,para avivar a tradição local.
Os foliões (individuais ou em grupos), deverão comparecer na sede da Rusga, na noite do dia 03,Segunda-feira, do próximo mês de Março, pelas 21h.15, junto à sede da Rusga, sita na AV. Artur Soares (Palhotas), nº 73, cómica e ironicamente mascarados, fazendo-se acompanhar de objectos ruidosos como, gaitas, apitos, buzinas, bombos, etc
Partilha da Rusga de S. Vicente - Grupo Etnográfico do Baixo Minho.
Rusga prepara a bom ritmo o ritual carnavalesco Corrida/Desfile do Entrudo – “Olha o home, lá vai o home”
- Convite extensivo a todos os bracarenses para um ritual carnavalesco genuinamente citadino
Porque o Carnaval está à porta, a Rusga de São Vicente de Braga - Grupo Etnográfico do Baixo Minho, encontra-se já nos preparativos da Corrida/Desfile do Entrudo - “Olha o home, lá vai o home…”. É um facto que, de ano para ano, se vem registando uma maior adesão de foliões, resultante de associações e/ou instituições que, tem vindo a corresponder ao nosso desafio, quer ainda, de adesões individuais, famílias e de grupos de foliões, organizados para o efeito. Como é óbvio, esta resposta positiva e em crescendo, implica um outro tipo de logística e organização. Nesse sentido, especialmente às associações e instituições convidadas, a Rusga solicita a confirmação de participação, tendo em vista garantir uma maior eficácia na preparação e organização da Corrida/Desfile.
-Bracarenses e demais foliões desafiados a participar
Para além dos convites já dirigidos às associações culturais, recreativas e desportivas do concelho, bem como, a escola públicas e privadas e IPSS, pretende-se que todos os bracarenses - crianças, jovens e adultos -, participem neste ritual carnavalesco da cidade, que se perdera no tempo e que a Rusga, em boa hora chamou a si a retoma e promoção de tão singular tradição.
Os foliões (individuais ou em grupos), deverão comparecer na sede da Rusga, na noite do dia 03, Segunda-feira, do próximo mês de Março, pelas 21h.15, junto à sede da Rusga, sita na AV. Artur Soares (Palhotas), nº 73, cómica e ironicamente mascarados, fazendo-se acompanhar de objectos ruidosos como, gaitas, apitos, buzinas, bombos, etc,. Tal como em anos anteriores, a saída do Desfile do Entrudo, está marcado para as 21h:45, que terá por destino o coreto da Av. Central, onde será lido o ‘Testamento do Libório’. Findo este, o Desfile/Corrida regressa a São Vicente, onde, no adro da igreja, será queimado o Home (Entrudo).
-HISTORIAL
Após um interregno de mais de uma dezena de anos, a Rusga de S. Vicente de Braga – Grupo Etnográfico do Baixo Minho, volta a reeditar o ritual carnavalesco “Corrida e Queima do Entrudo – o HOME”.
Não sendo a cidade dos Arcebispos palco de aparatosos corsos ou outras manifestações carnavalescas de sucesso mediático garantido – foi num passado relativamente recente, tal como noutras localidades e regiões do país -, local de realização de brincadeiras e folias de Carnaval, como a tão ritualizada “Queima do Home”, ou, como também era conhecida, pela “Queima do Entrudo”.
A perder-se de vista no tempo passado, não conseguem os foliões que mantiveram viva esta tradição, situar no tempo a sua origem.
Tratava-se de um “desfile corrido”, que se realizava por lugares, bairros ou freguesias, de entre os quais se poderá aqui referir, por terem sido os últimos a ser realizados, os que provinham dos lugares do Areal de Baixo e de Cima, das Freguesias de S. Vicente e de S. Victor e o da freguesia de Ferreiros.
O desfile que provinha dos lados do Areal, era animado por crianças, jovens e adultos, que, cómica e ironicamente mascarados, por forma a tornarem-se irreconhecíveis perante os demais, empunhavam lumieiras de palha, ou então um tipo de archotes feitos de materiais inflamáveis. A corrida desregrada – ora andava ora corria, ora recuava ora ziguezagueava -, era conduzida por um mascarado que transportava o “Home” o Entrudo.
Esta forma de “cortejo popular” era cadenciado pelo som ensurdecedor de ruidosas gaitas, apitos e buzinas, bombos, etc, de permeio com lamurias em altos brados (um misto de gritos, preces e ais). De quando em vez parava-se o desfile, para que os foliões mais ousados chegassem até perto do “Home/Entrudo” e proferissem os seus lamentos: “Olha o Home!; - Lá vai o Home; - Ai o meu rico Home, ai, ai, ai,…
O “Home”, era um boneco feito sobre uma estrutura de madeira (cruz ou cruzeta), revestido a palha e vestido com roupas velhas, conferindo-lhe um aspecto caricato e divertido. A cara era uma mascara de cartão pintada com cores garridas.
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